Quem tem filhos pequenos já desejou, pelo menos uma vezinha na vida, trabalhar em casa. Se não chegou a desejar, já pelo menos pensou nisso. Não importam as razões, o que às vezes assalta os pais é o desejo de passar mais tempo perto dos filhos. E só. Esse desejo genuíno, desses que quando nos apossamos dele é doce como fruta, é fresco como água, é leve, é aconchegante. Uma vontade de ficar pertinho da cria, sem obrigações que nos separem.
Ela já começou a caminhar, depois vem a etapa em que começa a falar, e depois outras conquistas virão. E meu esposo e eu até que temos o privilégio de trabalhar boa parte do tempo em casa, nossas profissões nos permitem isso, mas, vez ou outra, em algum momento do dia, eis que estamos longe da pequena.
Se a gente vasculhar por aí, vai encontrar muito material sobre as bondades de trabalhar em casa, os prós e os contras, as profissões que melhor se adaptam ao trabalho em casa. E não é tão difícil como pode parecer.
Para começar a mudança, é preciso primeiro mudar a sua cabecinha. Fomos educados, criados, formados em um paradigma que ditava que o trabalho era aquele realizado na esfera pública. Ou seja: para trabalhar de verdade eu preciso me deslocar pela cidade, usar algum meio de transporte para chegar até o meu espaço de trabalho, passar horas fora de casa, sacrificar as refeições em família, chegar em casa depois do por do sol. Assim, praticamente uma imposição. O trabalho em casa ainda é visto meio que de rabo de olho, como se não fosse possível. Isso: algumas pessoas não levam a sério o trabalho feito no lar, como se fosse algo menor.
O que sei é que quero isso para mim. E vou começar a sonhar um caminho. Ou esse desejo com gosto de fruta e gostoso que nem abraço! :)
Saudações maternas,
Biazinha
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