sábado, 4 de junho de 2011

Bebês cômodos, seguros e felizes!

Foto tirada daqui.

Uma das coisas mais bacanas depois que o bebê nasce é, sem dúvida, o contato que se estabelece entre esse novo serzinho e os pais. A conexão da pele com a pele, o cheiro, a voz, o calor, tudo isso dá segurança e tranquilidade aos pequenos e desenvolve sentimentos positivos neles.

Uma experiência super bonita que vi alguma vez diz respeito ao trabalho realizado em maternidades da Colômbia com os bebês prematuros. Para que se desenvolvessem mais rápido e ganhassem peso e mais saúde, os médicos e enfermeiros desenvolveram um projeto chamado Mamá Canguro, que foi responsável pela diminuição nos índices de mortalidade e no sucesso e rapidez no desenvolvimento dos bebês prematuros. A técnica visava, num primeiro momento, sanar o déficit de incubadoras nos hospitais daquele país, e a mãe - ou o pai - ficavam com o recém-nascido amarrado ao seu corpo através de faixas. Nem preciso dizer que foi um sucesso absoluto, e hoje a técnica é reconhecida pela UNICEF e utilizada em vários países do mundo, inclusive no Brasil.

Em contato com o corpo dos pais, o bebê ouve os seus batimentos cardíacos, sente sua respiração e seu calor, o que o faz sentir-se seguro e protegido, ajudando-o a fortelecer o seu sistema imunológico, dando-lhe bem estar e fazendo com que o bebê se desenvolva mais rápido, sobretudo quando ele ou ela tem peso abaixo do esperado, ou algum problema de saúde.

Mas este papo não tem como tema central os bebês prematuros ou que estejam hospitalizados. Quero mesmo é chamar a atenção para uma técnica de carregar bebês conhecida em todo o mundo, e que faz com que os pequenos estejam bem pertinho do corpo da mãe ou do pai e se sintam confortáveis. Trata-se do uso do sling - palavra em inglês -, ou do rebozo - palavra em espanhol. Estamos falando de uma peça confeccionada em tecido, de aproximadamente 80 ou 90 cm de largura, por 2,5 ou até de 3 m de comprimento. Essa peça é confeccionada normalmente em tecidos de fibras naturais (que deixam a pele dos pequenos respirar), o que também a torna mais confortável ao toque. O sling, ou rebozo, é amarrado ao corpo de quem o usa através de diversas técnicas de amarração, e o bebê é colocado dentro da bolsa que se forma no centro.

O pequeno pode ir na frente ou atrás, depende da vontade dos pais. Eu, particularmente, prefiro carregá-los na frente, ele - ou ela - vai ouvindo os batimentos cardíacos, coisa que acontecia quando ainda estava dentro do útero materno, e essa sinfonia tem efeito relaxante, calmante. Além disso, quando o bebê é muito pequeno, convém tê-lo mais perto das suas mãos, pelo menos acredito que temos mais controle da situação. E tem mais: o contato com a pele da mãe ou do pai traz conforto, segurança; e qualquer um gosta de ter comidinha pronta sempre por perto, não é mesmo? Amamentar fica muito mais fácil em qualquer situação e lugar.

Coletei, há algum tempo já, várias imagens sobre como amarrar o sling. Há várias maneiras, que dependerão do tipo de material com o qual está confeccionado, o comprimento e a largura. E também do gosto de quem o utilizará, claro. É possível utilizá-lo até mesmo com gêmeos (!!), e em bebês maiorzinhos. Gostaria de compartilhar essas imagens e dizer que serei adepta da técnica por considerá-la agradável para mãe e filho, e por crer que os benefícios que traz à criança são incríveis.

Na América Latina, é comum que as mulheres, principalmente em cidades do interior, carreguem seus filhos em rebozos. É uma tradição de origem indígena que, aos poucos, perdeu força na vida urbana, mas se conserva nas cidadezinhas e povoados pelo interior. Ultimamente, tornou-se moda utilizar essa peça entre europeias e norteamericanas, o que já ecoa pelas terras brasileiras, e é possível comprar slings bons, bonitos e bem feitos de artesãs brasileiras.

Abaixo, algumas imagens sobre o uso dessa peça, só peço desculpas por não oferecer as fontes das fotos, o seu uso aqui tem as melhores e mais nobres intenções!

Saudações maternas,

Biazinha











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