quinta-feira, 22 de março de 2012

A volta ao trabalho depois da licença maternidade

Acredito que sou uma afortunada. O fim da minha licença maternidade coincidiu com o fim do semestre letivo, e não precisei voltar à sala de aula em dezembro, com o ano já no fim. E, para completar as coisas, saí do curso onde trabalhava e comecei num emprego novo em janeiro. Essas mudanças seriam uma tragédia se eu trabalhasse com outra coisa, mas, por sorte, sou professora, e o trabalho que comecei em janeiro foi mais leve porque era um curso de verão. Trabalhei em janeiro e fevereiro apenas à noite, de segunda a sexta. O meu esposo assumia a pequena quando eu saía de casa, e, assim, ela pode ficar só com a gente.

A volta ao trabalho nos trouxe a nova rotina da pequena também. Coloquei em ação a bombinha extratora de leite. A tarefa diária, desde então, é tirar duas mamadeiras de leite para as horas em que fico fora. Consigo tirar entre 180 e 240 ml por vez. O pediatra dela diz que é uma boa quantidade.

Em janeiro, Maya tinha completado 5 meses. Naquele momento, ela tomava exclusivamente o leite materno. Quando eu chegava do trabalho, ela grudava em mim, mamava e dormia. Antes, tomava todo o leite deixado na geladeira, meu esposo nunca teve trabalho com ela.

Em fevereiro, aos seis meses, ela começou a comer frutas e papinhas salgadas. Deu um pouquinho mais de trabalho, pois, além de continuar tirando o leite, tinha que preparar as papinhas. A princípio, ela comia papinha salgada só no almoço. No meio da manhã era uma fruta, e no meio da tarde, suco. Maya não aceitou o suco. Ela não toma nada na mamadeira além do leite. Simplesmente não aceita. Tentamos o copinho de treinamento também, e nada.

Na última consulta mensal, relatei isso ao pediatra, ele nos sugeriu espremermos a fruta direto na boca dela. Faz umas três semanas que ela chupa laranja. Adorou. Ama a laranja. Confesso que não tentei ainda outras frutas cítricas, preciso tentar o limão, o caju.

Faz três semanas também que, além do almoço, a pequena janta. A mesma papinha salgada do almoço é servida no jantar. Minha tarde é curta, e acabo preparando o dobro da quantidade para meu esposo oferecer a ela à tardinha. Por volta das 17h30 ou 18h ela toma essa papinha salgada. E, geralmente, come tudo. Nas horas seguintes, toma as mamadeiras de 125ml.

Acho que ela está bem adaptada à nova rotina sem a mãe pro perto. Ela tem sorte de ter um paizão, que assume com capricho e carinho a tarefa de cuidá-la. Quando chego em casa, ela já está tomada banho, de barriguinha cheia e até já deu uma passeada. Ela me abre um sorriso, eu dou de mamar e coloco pra dormir. No dia seguinte, começamos tudo outra vez, mas sempre com muita alegria.

No começo, achei que sofreria mais longe dela. Mas acredito que o fato de que quem está cuidando é meu esposo querido me deixa tranquila. E ficar sem a mãe e o pai por perto durante algumas horas do dia ensina coisas novas a ela, ajuda a crescer.

Trabalhar me fez muito bem! Voltar a produzir, a conviver socialmente e a ajudar na receita doméstica me fazem muito bem! E agora faço tudo isso por ela, para proporcionar-lhe uma vida mais bonita. Então, só por isso já vale a pena me separar dela por algumas horas.

Saudações maternas,

Biazinha

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