domingo, 16 de março de 2014

O papel e o lugar da televisão na vida dos pequenos

Como fazemos balanços de todos os tipos quando chega dezembro, neste fim de ano eu tenho feito algumas reflexões sobre o que significa ser mãe/pai e nossa responsabilidade na criação, educação e formação dos pequenos. 

Não tenho gostado da minha atuação em relação à quantidade de tevê que minha pequena assiste, por exemplo. O quê seria da vida dos pais que trabalham duro sem a clássica babá eletrônica?? Serve de consolo saber que os desenhos têm tido qualidade, que há programas que desenvolvem a inteligência dos pequenos e que sempre podemos apertar o botão de desliga e propor uma brincadeira à moda antiga. Não sou radical em relação a "não vai assistir televisão e já estamos conversados", acho que essa é uma decisão dos pais e respeito quem faz essa escolha. Mas, convenhamos, não podemos criar nossos filhos em uma espécie de bolha, protegidos de todas as coisas que julgamos ruins, pois algum dia eles as descobrirão, e o que acredito ser nosso papel como pais é guiá-los, filtrar as opções e dosar as quantidades do que possam receber dessas influências.

Tenho odiado - e isso faz tempos - a quantidade assustadora de comerciais de brinquedos, guloseimas e outros produtos direcionados às crianças, um gesto criminoso de manipulação e coerção das nossas crianças. Gente, essas televisoras e as marcas que as patrocinam estão roubando a leveza e a inocência de nossas crianças, transformando os nossos pequenos em consumistas compulsivos!! Os comerciais trabalham num nível emocional e psicológico sutil. Aliando música, coreografias, atores infantis e cenário colorido e atraente, eles constroem um imaginário de que "consumir é preciso" desde a infância. Quando é época de dar/receber presentes, os pequenos já sabem o que querem pedir, já sabem o nome de brinquedos.

Gosto da campanha do Instituto Alana, organização que defende as crianças e seu direito a uma infância saudável e feliz. Bom, chamou-me a atenção sua campanha contra a publicidade dirigida aos pequenos, e gostaria de compartilhar um pequeno vídeo veiculado em seu canal do Youtube:







Acredito que precisamos, enquanto pais, repensar nossa postura diante do bombardeio midiático dirigido aos nossos filhos. Temos que nos perguntar se queremos que eles recebam essa carga de informação sem nosso consentimento, uma quantidade absurda de produtos que não visa educar nem formar nossas crianças, senão alimentar um mercado consumidor abusivo e notadamente agressivo em seus propósitos.

Convido @s leitor@s a conhecerem, também, o trabalho do Instituto Alana , que é muito interessante!

Aproveito para compartilhar um segundo vídeo sobre a criança e a mídia, e o endereço eletrônico do Alana, que é o http://alana.org.br/

Bom, o diálogo sobre o tema está aberto.

Saudações maternas,

Biazinha


2 comentários:

  1. Fabiana,

    Muito boa a reflexão. Os pais são os "primeiros cuidadores", mas a sociedade como um todo tem o DEVER de proteger as crianças de abusos.

    Vale dar uma olhada no que é possível fazer para proteger as crianças dos abusos:

    http://www.prioridadeabsoluta.org.br/publicidade-infantil/

    ResponderExcluir
  2. Ei, João! Ótima referência a do Prioridade absoluta! De fato, essa ong também está ligada ao Instituto Alana, que cito na postagem. Deles também é o vídeo com o dr, José Martins Filho, que postei em outra ocasião.
    Obrigada por participar!
    Abraço,
    Fabiana

    ResponderExcluir